O investimento a realizar pelo consórcio de exploração de gás natural em Moçambique, liderado pela petrolífera norte-americana Anadarko Petroleum Corporation, é da ordem dos 20 mil milhões de dólares.
A Anadarko e os seus parceiros no consórcio de exploração de gás natural em Moçambique acabam de anunciar a sua decisão final de investimento naquele que será o maior projeto de investimento direto estrangeiro realizado em Moçambique, com um valor de cerca de 20 mil milhões de dólares. O projeto “Moçambique LNG” será igualmente o maior projeto financiado na modalidade de project finance alguma vez desenvolvido no continente africano, sendo potenciador de uma verdadeira transformação económica em Moçambique.
Segundo Diogo Xavier da Cunha, Presidente do Conselho de Administração da Miranda e sócio responsável pelo Grupo de Jurisdição de Moçambique, “Este projeto – e os demais que se seguirão para aproveitamento das grandes reservas de gás natural descobertas na Bacia do Rovuma, no norte de Moçambique – irá contribuir para uma grande transformação económica no País. Será, sem dúvida, uma oportunidade única para que Moçambique possa propiciar um futuro bastante melhor para as gerações mais novas, potenciando melhor formação e qualificações, mais emprego e a inclusão e o desenvolvimento do setor privado moçambicano. Para nós, Miranda, e para os nossos colegas do escritório moçambicano da Miranda Alliance, a Pimenta e Associados, é um enorme orgulho termos podido participar de forma ativa na criação das condições necessárias para permitir que este projeto se concretize. Estamos ligados a Moçambique há mais de 20 anos e sempre acreditámos no potencial do País e das suas pessoas. Este projeto mostra claramente que vale a pena apostar em Moçambique e nos moçambicanos”.
Desde 2011/2012 que a Miranda & Associados e o escritório moçambicano da Miranda Alliance, a Pimenta e Associados, têm assessorado a Anadarko no desenvolvimento do projeto Moçambique LNG, que visa a exploração de gás natural na Área 1 offshore da Bacia do Rovuma através da sua liquefação para subsequente exportação para os mercados internacionais sob a forma de gás natural liquefeito. Este é apenas o primeiro projeto a desenvolver a partir de reservas da Área 1, em concreto do Campo Golfinho-Atum, prevendo-se que venham a ser construídos vários trens de liquefação adicionais para aproveitamento das reservas de outros campos, incluindo o campo Prosperidade / Mamba partilhado com o consórcio da Área 4 liderado pela Mozambique Rovuma Ventures (ExxonMobil e Eni).
Prevê-se que a construção das infraestruturas do projeto esteja concluída em cerca de 5 anos e que o primeiro carregamento de GNL possa ser expedido 1 ano mais tarde. Estimado-se que a economia do país passe a crescer mais de 10% ao ano, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outras entidades.